No início do século XVI, um território começou a
ser colonizado com a implantação da aldeia de Gramació que constava apenas de
uma légua quadrada de terras destinadas a um aldeamento indígena, sob a
responsabilidade do padre jesuíta André do Sacramento. No período de 1743 a
1745 foi construída Casa da Câmara e cadeia, importante prédio público, e
edificada a histórica igreja de Nossa Senhora do Desterro. Em 1755, a aldeia de
Gramació foi elevada à condição de vila, passando a se chamar Vila Flor. O nome
foi colocado em homenagem a um distrito de Bragança em Portugal. Nas diretrizes
estabelecidas pela Carta Régia de 3 de maio de 1755, estava ordenado que os
aldeamentos indígenas que se transformassem em vila passariam a ter nomes de
comunas (cidades/vilarejos) portuguesas. A instalação da nova vila foi feita
apenas no ano de 1769 pelo Dr. Miguel Carlos Caldeira Castelo Branco. Nesta
época Vila Flor já apresentava um bom nível de desenvolvimento econômico,
motivado pela força da agricultura e destacando-se na produção de cana-de-açúcar.
Foi no ano de 1858 que ocorreu a expulsão injustificada dos missionários
jesuítas e a transferência da sede da localidade para o povoado de Uruá, que
foi elevado à categoria de vila, tornando-se em seguida, município de
Canguaretama. No ano de 1940 o povoado passou a se chamar Flor, só voltando ao
nome primitivo em 31 de dezembro de 1963, através da Lei n° 3.052,
desmembrando-se de Canguaretama e tornando-se município do Rio Grande do Norte
com seu antigo nome, Vila Flor.
Segundo Luis da Câmara Cascudo, Vila
Flor constituir-se em um dos poucos núcleos urbanos e colonial do país e que ainda hoje preserva a sua forma original. Incluída no programa de cidade histórica, visa até hoje preservar um dos
mais expressivos e autênticos documentos arquitetônico do século XVIII.
Encontra-se situado no núcleo monumental histórico o prédio da Casa de câmara e
cadeia, e a Igreja Nossa Senhora do Desterro, construída na mesma época do
século XVIII.
CASA DE CÂMARA E CADEIA DE VILA FLOR
Foi construída sobre uma
plataforma elevada, com uma planta retangular. Nela foi usada tanta alvenaria
de pedras quanto de tijolos. Trata de um belo exemplar da Arquitetura Colonial
IGREJA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO
A igreja foi construída
por Frei André do Sacramento entre 1743 e 1745. A igreja é muito simples, tem
nave única, capela‐mor e sacristia lateral. A fachada é composta de
frontão triangular e sineira lateral, com janelas rasgadas à altura do coro,
porta única e duas janelas baixas, como é de costume nas igrejas dos
aldeamentos missioneiros. Trata-se de um belo exemplar da Arquitetura Barroca.
FONTE: CASCUDO, Luís da Câmara. Historia do Rio Grande do Norte. 2ª ed. Rio de
Janeiro: ACHIAMÉ, Natal: Fundação José Augusto, 1984.
Sou paraibano da cidade de Juripiranga. atraido pela grande ofer
ResponderExcluirTexto conciso e de excelente valor informativo. Fotos igualmente excelente s.
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