sábado, 27 de março de 2010

Presidentes das Ruas numeradas do Alecrim



O Alecrim, quarto bairro da cidade do Natal, têm como confinantes de sua área urbana os seguintes segmentos: Riacho do Baldo, Rua Olinto Meira, Rua Jaguarari, Av. Bernardo Vieira e a Via Férrea até encontrar a Riacho do baldo, neste último trecho podemos ainda destacar a Rua Pereira Pinto e a Base Naval. Antes de se chamar Alecrim, esta área teve várias denominações. Primeiro foi Refoles, partindo do pressuposto básico de que os piratas e mercadores franceses vinham freqüentemente extrair o pau-brasil e outros produtos, e sempre usaram o rio Potengi como ancoradouro para seus navios. O corsário Jacques Riffault, no Século XVI, atracou por inúmeras vezes em nosso rio, fazendo com que aquele local passasse a se chamar no ponto da Nau do Refoles ou apenas Refoles. Depois, no Século XIX, chamou-se Alto de Santa Cruz, topônimo batizado pelo Coronel Reinaldo Lourival, filho do reconhecido poeta Lourival Açucena, com a aprovação do vigário João Maria Cavalcanti de Brito (Padre João Maria); Na primeira década do século XX, o bairro foi denominado “Cais do Sertão”, em razão dos imigrantes que vinham do interior e acampavam naquela área; E finalmente, passou a se chamar Alecrim, através do Decreto da Intendência Municipal de Natal, datado de 23 de outubro de 1911 e oficializado em 30 de setembro de 1947, na administração do Prefeito Silvio Piza Pedroza.
Um bairro não é apenas uma área delimitada por um decreto ou um conglomerado de antigas casas e ruas que labirintam seus acessos. O bairro antes de tudo, tem a missão de contar a história do crescimento da cidade e do próprio lugar. Entretanto, os topônimos de suas ruas provocam, as vezes, indagações relacionadas aos seu significado ou aos nomes das personagens ali homenageadas. Mesmo acreditando na frase de Gene Flower de que “Os homens que merecem monumentos não precisam deles”, o Alecrim, quando eternizou em suas artérias, notáveis que transitaram na política administrativa do Rio Grande do Norte, nos remiu de séculos de história potiguar.

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