Quando o Presidente da Intendência Municipal (Prefeito de Natal), Dr. Omar O´Grady, contratou o arquiteto Giacomo Palumbo, para fazer o Plano Geral de Sistematização da Cidade de Natal, solicitou, ao mesmo tempo, ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, a época presidido pelo Dr. Nestor dos Santos Lima, que relacionasse vultos históricos para nomear as avenidas já traçadas e numeradas de 1 a 18. Dentre as figuras arroladas, estavam incluídos, levando em conta a liturgia do cargo, cinco Presidentes da Província do Rio Grande do Norte, como eram denominados os Governadores do nosso Estado no período colonial e durante o império. Portanto as avenidas de 1 a 5, confinadas nos limites do bairro do Alecrim, passaram a ter as seguintes denominações: Avenida 1, Presidente Quaresma, em homenagem a Basílio Quaresma Torrão, que Governou de 1833 a 1836; Avenida 2, Presidente Bandeira, em homenagem a João Capistrano Bandeira de Melo, que Governou de 1873 a 1875; Avenida 3, Presidente José Bento em homenagem a José Bento da Cunha Figueiredo Junior, que Governou de 1860 a 1861; Avenida 4, Presidente Sarmento, em homenagem a Cassimiro José de Morais Sarmento, que Governou de 1845 a 1847; E a Avenida 5, Presidente Leão Veloso, em homenagem a Pedro Leão Veloso, que Governou de 1861 a 1863.
As demais avenidas e ruas numeradas receberam o nome de tribos indígenas ou de outras pessoas ilustres, entretanto, sem negar a importância de cada denominação, os topônimos das outras ruas numeradas ficam aqui ocultados, porque buscamos registrar apenas as artérias que tiveram denominações de Presidente da província na época colonial e do império.
sábado, 27 de março de 2010
Presidentes das Ruas numeradas do Alecrim
O Alecrim, quarto bairro da cidade do Natal, têm como confinantes de sua área urbana os seguintes segmentos: Riacho do Baldo, Rua Olinto Meira, Rua Jaguarari, Av. Bernardo Vieira e a Via Férrea até encontrar a Riacho do baldo, neste último trecho podemos ainda destacar a Rua Pereira Pinto e a Base Naval. Antes de se chamar Alecrim, esta área teve várias denominações. Primeiro foi Refoles, partindo do pressuposto básico de que os piratas e mercadores franceses vinham freqüentemente extrair o pau-brasil e outros produtos, e sempre usaram o rio Potengi como ancoradouro para seus navios. O corsário Jacques Riffault, no Século XVI, atracou por inúmeras vezes em nosso rio, fazendo com que aquele local passasse a se chamar no ponto da Nau do Refoles ou apenas Refoles. Depois, no Século XIX, chamou-se Alto de Santa Cruz, topônimo batizado pelo Coronel Reinaldo Lourival, filho do reconhecido poeta Lourival Açucena, com a aprovação do vigário João Maria Cavalcanti de Brito (Padre João Maria); Na primeira década do século XX, o bairro foi denominado “Cais do Sertão”, em razão dos imigrantes que vinham do interior e acampavam naquela área; E finalmente, passou a se chamar Alecrim, através do Decreto da Intendência Municipal de Natal, datado de 23 de outubro de 1911 e oficializado em 30 de setembro de 1947, na administração do Prefeito Silvio Piza Pedroza.
Um bairro não é apenas uma área delimitada por um decreto ou um conglomerado de antigas casas e ruas que labirintam seus acessos. O bairro antes de tudo, tem a missão de contar a história do crescimento da cidade e do próprio lugar. Entretanto, os topônimos de suas ruas provocam, as vezes, indagações relacionadas aos seu significado ou aos nomes das personagens ali homenageadas. Mesmo acreditando na frase de Gene Flower de que “Os homens que merecem monumentos não precisam deles”, o Alecrim, quando eternizou em suas artérias, notáveis que transitaram na política administrativa do Rio Grande do Norte, nos remiu de séculos de história potiguar.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Provébios tradicionais do RN
Uma das obras mais engraçadas que li foi o livro escrito por Neil de Castro, o mesmo que serviu de inspiração para a produção do filme "O homem que desafiou o diabo". Nele contém expressões populares presentes em todo o interior do RN. O livro "AS PELEJAS DE OJUARA é simplesmente fantástico!!!
Estes são alguns dos provérbios contidos no referido livro:
* Atirou no que viu, matou o que não viu;
* Foi fazer um giro, fez um jirau;
* Jogou verde, colheu maduro;
* Foi aos cajus e voltou das castanhas;
* choveu no molhado;
* Malhou em ferro frio;
* Pegou uma pomba nas mão e deixou duas voando;
* Viu o que era bom pra tosse;
* Conversou pra boi dormir;
* Usou as pernas pra que te quero;
* Ouviu cabrito bom berrando;
* Botou areia em saco furado;
* Deu capim novo pra cavalo velho;
* Cumprimentou com chapéu alheio;
* Puxou a brasa pra sua sardinha;
* Juntou a fome com a vontade de comer;
* E outros.
Esse trecho foi retirado do livro onde Chico Rabelê relata a história de vida de Pantanha.
Vale a pena ler o livro! É bem diferente do filme!!!
Estes são alguns dos provérbios contidos no referido livro:
* Atirou no que viu, matou o que não viu;
* Foi fazer um giro, fez um jirau;
* Jogou verde, colheu maduro;
* Foi aos cajus e voltou das castanhas;
* choveu no molhado;
* Malhou em ferro frio;
* Pegou uma pomba nas mão e deixou duas voando;
* Viu o que era bom pra tosse;
* Conversou pra boi dormir;
* Usou as pernas pra que te quero;
* Ouviu cabrito bom berrando;
* Botou areia em saco furado;
* Deu capim novo pra cavalo velho;
* Cumprimentou com chapéu alheio;
* Puxou a brasa pra sua sardinha;
* Juntou a fome com a vontade de comer;
* E outros.
Esse trecho foi retirado do livro onde Chico Rabelê relata a história de vida de Pantanha.
Vale a pena ler o livro! É bem diferente do filme!!!
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