Tudo começou quando um grupo de
índios chefiados pelo valente cacique Jacumahuma, resolveu deixar o aldeamento
de Papary por causa das desavenças ocorridas, e foi a procura de novas terras.
Chegando às margens da lagoa de Guaraíras, o grupo indígena se estabeleceu e
daí surgiu a primeira comunidade da futura vila de Arez. Para alguns
historiadores o nome Arez foi dado por
um português que em época desconhecida habitou aquela região, batizando-a assim
em homenagem a uma vila do Alentejo, em Portugal. Também acham que os índios ao
se desligarem da tribo em que viviam em Papary se estabeleceram às margens do
rio Jacu, próximo ao local, hoje, denominado Estivas. Os primeiros elementos
brancos a visitar a região de Arez, foram os holandeses. Dizem que Maurício de
Nassau pretendia abrir um canal para entrada de navios e no futuro construir um
porto, o que não foi concretizado, pois os mesmos foram expulsos e perseguidos
pelos portugueses. Com esforço e resistência os holandeses construíram na ilha
do Flamengo, nome dado por eles a uma ilha no centro da lagoa Caraíbas,
fortificações onde se refugiaram até a derrota final em 1651. No ano de 1659,
chagavam os padres jesuítas sob o comando do padre Sebastião Figueiredo e deram
início a catequese junto aos índios da localidade. Logo depois fundaram a
Missão de São João Batista de Guaraíras e construíram a igreja e o convento,
ainda hoje existentes. Porém em 1758, os jesuítas foram expulsos da comunidade.
Foi nesse ano que a comunidade recebeu o título de vila com o nome de Vila Nova
de Arez, dado pelo juiz de Olinda, Dr.
Miguel Carlos Caldeira Castelo Branco. Criada a vila de Goianinha em 7 de
agosto de 1832, supriu-se a de Arez, que passou a integrar o território da nova
vila em 8 de agosto de 1855, foi novamente restaurada pela resolução provincial
nº 318. Novamente, através da Lei Provincial de 21 de abril de 1862, o
município reincorporou-se à Goianinha. Em 16 de dezembro de 1864, pela Lei nº
559, desmembrou-se de Goianinha e incorporou- se ao município de Papary. Em 11
de dezem bro de 1876, a Lei nº 778, Arez desmembrou-se de Goianinha e tornou-se
município do Rio Grande do Norte.
ATRATIVOS TURÍSTICOS
ATRATIVOS TURÍSTICOS
IGREJA DE
SÃO JOÃO BATISTA
A Igreja São João
Batista “ Igreja São João Batista de Guaraíras” em Arez é considerada uma das
mais antiga do Brasil. Foi construída pelos missionários portugueses da
companhia de Jesus com ajuda dos índios e colonizadores. A construção levou
longos 17 anos para ser concluída. Em 24 de junho de 1659, a igreja estava praticamente
concluída, faltando apenas parte do piso superior e as torres.
Em seu interior, a
igreja conta com imagens sacras em madeira policromada datadas do final do
século XIX representando os “Reis Magos”.
PELOURINHO
O Pelourinho foi
erguido em 1760, quando Arez/RN passou de aldeamento à categoria de
Vila. Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, quando
o Pelourinho era instalado na praça Pública, este simbolizava a presença do
governo eleito pelo povo, com jurisdição de Juiz Ordinário eleito pelo povo. O
Pelourinho significava ainda o lugar de defesa dos direitos dos cidadãos, de
dirigir-se, governar-se e defender-se dos criminosos. O Pelourinho era símbolo
de lei e autonomia.
O Pelourinho de Arez
também é conhecido como Santa Coluna por ter abrigado em seu cume uma imagem de
Nossa Senhora de Fátima presentiada pelo Rei de Portugal.
FRONTISPÍCIO
DO CEMITÉRIO DE AREZ
Datado do século XIX.
Foi Construído em 1882 pelo missionário capuchinho “ Frei Herculano “. O Estilo
tem no Rococó um requinte de luxo sedutor. Não há outro modelo em todo o
Nordeste do Brasil. Foi tombado em 23/08/1962 pelo instituto Histórico
Nacional.
ILHA
DO FLAMENGO
Localizada na lagoa de Guaraíras
na cidade de Arez/RN. A ilha do flamengo recebeu essa denominação, em virtude
dos holandeses, quando habitaram tal ilha na época em que denominaram a
capitania do Rio Grande do Norte (1633-1654) e nesta ilha edificação uma
casa-forte. Essa ilha foi palco de grandes e famosas batalhas entre portugueses
e holandeses.
CANHÃO
DO FORTIM DA ILHA DO FLAMENGO
Peça bélica de
artilharia pesada usada pelos holandeses
após os massacres de Cunhaú e Uruaçu, entre os anos de 1647 a 1652 em
batalhas contra os portugueses. Atualmente o canhão encontra-se chantado no
Centro de Arez, em frente a Igreja Matriz.
BORGES, M. E. ; Alcineia Rodrigues dos Santos ; GOMES, L. T. S. Estudos Cemiteriais no Brasil: catálogo de livros, teses, dissertações e artigos. 01. ed. Goiânia: Cegraf, UFG, 2010. v. 01. 128 p.
CASCUDO, Luís da Câmara. História da Cidade do Natal. Natal, Fundação José Augusto,1980.
MEDEIROS, Olavo. Aconteceu na Capitania do Rio Grande do Norte, Natal, Departamento Estadual de Imprensa, 1997.
MOURA, Pedro. Fatos da História do Rio Grande do Norte. Natal, CERN, 1986.