sábado, 11 de setembro de 2010
ASPECTOS HISTÓRICOS DE NÍSIA FLORESTA
Documentos de 8 de março de1610, conforme Medeiros (1997, p. 81), atestam que essa área estava inclusa “na data e sesmaria concedida pelo [então] capitão-mor do Rio Grande, Jerônimo de Albuquerque, a João Pereira e Miguel Pereira”. Com o avanço do processo de colonização portuguesa, formou-se o povoado que teve entre seus fundadores o capitão Estevão Ribeiro. No início do século XVIII, a aldeia adquiriu paulatina definição do arruamento. Em 1755, foi concluída a Igreja de Nossa Senhora do Ó, e dois anos depois a povoação já apresentava “bastantes moradores” (CASCUDO, 1968, p. 220).
A julgar pela descrição de Henry Koster, viajante de origem britânica que em 1810 percorreu o Brasil e esteve em Papary, a localidade era aprazível. Segundo seu relato o povoado possuía acolhedora paisagem, na qual se destacava a lagoa que proporcionava profusa pescaria e era motivo de júbilo para toda a população. Neste mesmo ano, nascera no Sítio Floresta a filha mais ilustre de Papary, cujo nome de batismo era Dionísia Gonçalves Pinto. À época Koster chegou a conviver com o pai daquela que mais tarde, por homenagem popular, mudaria o nome da localidade para o seu pseudônimo (CASCUDO, 1968).
Em 18 de fevereiro de 1852, em pleno Segundo Reinado, a povoação foi desmembrada de São José de Mipibu. A partir de então, sua denominação oficial passou a ser Vila Imperial de Papary. Após a proclamação da República, em 1° de fevereiro de 1890, foi rebatizada para Vila de Papary. O topônimo mudaria mais uma vez em 23 de dezembro de 1948. Nesse contexto pós-Segunda Guerra Mundial, para homenagear a conterrânea que nascera em 1810 e assumira o pseudônimo de Nísia Floresta (MORAIS, 1998). Com sólida formação cultural, Dionísia Pinto Lisboa deixou Papary em 1828 para conquistar reputação nacional. Para Oliveira Lima, “foi a mais notável mulher de letras do Brasil” (Apud CASCUDO, 1968, p. 220). Atraiu respeito e repúdio simultâneos ao defender teses incomuns às mulheres de sua época. Ainda sob o Império, foi republicana, federalista, abolicionista e defensora da igualdade política entre homens e mulheres. Poetisa, escritora e educadora, em 1849 foi morar na Europa e ganhou projeção internacional assinando suas obras como Nísia Floresta Brasileira Augusta. Faleceu na França, em 24 de abril de 1885, mas somente no dia 12 de setembro de 1954 seus restos mortais voltaram à sua terra (MORAIS, 1998).
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Linda Baby
Composição: Pedro Mendes
Essa é uma terra de um deus mar
De um deus mar que vive para o sol
E esse sol está muito perto daqui
Venha e veja tanto quanto pode se curtir
Linda terra para a mãe gentil
Belo cai o sol sobre esse rio
E esse rio também está perto daqui
Venha e veja tanto quanto é o nosso Potengi
Sempre que estiveste por aqui
Não observaste o nosso ser
Nem aproveitaste o lindo olhar ao céu
Venha pois não dá prá dizer tudo no papel
Curte-se aqui ao natural
A natureza espalha o nosso chão
Estou cantando a terra que é o meu viver
E acontece que eu estou cansando de dizer
Que aqui não tem avenida São João
Nem tem o mesmo padrão que se tem por aí
Coisas que não tem em todo o canto e não se deve exigir
Isso é Natal, ninguém se dá muito mal
Como dizem pessoas quase sem se sentir
Linda baby, baby linda, volte sempre aqui.
Antiga casa de Dr. Barata (Memorial Desembargador Vicente de Lemos)
Localizado na esquina da rua Ulisses Calda com a Metropolitana (Cidade Alta),o casarão foi construído entre 1910 e 1912 - com teto de zinco vindo da Suíça e o piso importado de Riga, capital da Letônia -, o casarão pertenceu ao médico e ex-deputado Afonso Moreira de Loyola Barata, o Doutor Barata. Durante a década de 1970, o casarão foi transformado em Hotel (Majestic) e depois ficou abandonado por longas décadas. A partir do ano de 2007, o casarão passou por um longo trabalho de restauração para abriga o Memorial Desembargador Vicente de Lemos.